No caso das Locomotivas a Vapor é frequente fazer-se a sua classificação usando o chamado Sistema Whyte (mais comum nos países da América) que descreve a locomotiva fazendo a contagem do número de rodas e agrupando-as pela sua função específica:
- Jogo de Guia. Situadas na frente da locomotiva, não fazem esforço para movimentar o comboio. Deslizam facilmente nas curvas, servindo de guias para as demais. Também são chamadas rodas-piloto, ou rodas dianteiras etc. Quando são 4 (um bogie de 2 eixos), oferecem estabilidade em velocidades maiores, tornando-as mais comuns nos comboios de passageiros.
- Rodas Motrizes. São as que recebem o movimento dos cilindros e as que suportam a maior parte do peso da locomotiva. Isso aumenta o atrito (aderência) nos carris, fazendo com que a locomotiva se movimente.
- Jogo de Arrasto. É formado pelas rodas de trás que, geralmente se situam debaixo da cabine e/ou da fornalha. Também não fazem esforço para traccionar a locomotiva.
Quando se tratava de Locomotivas-Tanque (sem tender) e que faziam o transporte da água e do carvão no próprio corpo da locomotiva, fazia-se a distinção colocando um T a seguir ao esquema de rodados. Por ex: 4-6-0 T
Na Europa (e por consequência em Portugal) é mais comum ver-se a chamada Classificação Francesa que faz a contagem dos eixos em vez das rodas individualmente. Basicamente, dividindo a contagem do Sistema Whyte por dois e retirando os Ifens. |