Português
  English
  Español

 
 

Introdução

Os Primeiros Passos

O Comboio da Companhia Real

Os Dias de Hoje

O Trajecto


O Trajecto:

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

Instruções: Selecione os nomes a sublinhado ou os circulos a preto para entrar na respectiva secção!

Introdução:
Se antigamente se circulava numa composição barulhenta e fumegante, hoje é num moderno comboio com ar condicionado e por uma linha quase toda renovada que se chega a Sintra. No entanto, houve algo que nunca se alterou: o inicio desta jornada continua a fazer-se na centenária estação do rossio, actual ponto de passagem obrigatório no quotidiano de muitos habitantes dos arredores de Lisboa.
É perfeitamente natural que alguém que pretenda passear-se no meio da enorme multidão, apressada para chegar ao emprego, se sinta um bocado deslocada. No entanto vale a pena o esforço para regressar ao passado e imaginar os tempos gloriosos dos comboios a vapor sendo engolidos pela garganta escura do túnel.

Os Primeiros Passos:
A ligação ferroviária a Sintra começou com um fracasso... viveu nos sonhos de um inventor francês que baptizou com o seu nome um projecto revolucionário mas irrealizável atendendo às tecnologias da época. O Larmanjat, um monorail, que acentava na teoria de uma roda motriz central a circular sobre um carril e apoiado por rodas laterais em trilhos de madeira. Desta forma pretendia-se aproveitar as estradas e vias já existentes. No entanto, se a ideia em si era genial... pô-la em prática era obra de deuses. Foi o duque de Saldanha, que assistiu às primeiras tentativas com algum sucesso em França, quem, em 1860, trouxe a ideia para Portugal, obtendo uma licença em nome da "The Lisbon Steam Tramways Company".
Depois de muitas experiências, a maioria das quais atribuladas, no dia 2 de Julho de 1873, pelas 9:00, partia da estação do Rego um comboio Larmanjat que iria inaugurar a Linha de Sintra. A viagem durou 1h55m, tendo a composição regressado ao Rego às 16:15 sem ter sofrido qualquer acidente. A linha seria aberta ao público 3 dias depois.
Foi necessário esperar apenas uns meses para que fosse aberta uma outra linha, no mesmo sistema, a fazer a ligação entre Lisboa e Torres Vedras. No entanto, pouco tempo depois, o projecto começou a mostrar os primeiros sinais de fracasso. Os descarrilamentos eram muito frequentes, as avarias técnicas também e os níveis de desconforto faziam muitos dos passageiros voltar às diligencias. A chuva também se revelou um grande problema. Com os trilhos molhados as máquinas tinham muitas dificuldades em vencer as rampas, tornando-se frequentemente necessário que os passageiros abandonassem as carruagens e empurrassem as composições.
Por estas e por outras razões, o Larmanjat deixou definitivamente de circular em 1877 deitando por terra o empreendimento do duque de Saldanha.

O Comboio da Companhia Real:
Foi então preciso esperar uma década, até ao dia 2 de abril de 1887, para que Sintra visse chegar um transporte sério e capaz de enfrentar o futuro: o comboio da Companhia Real.
Partia de Alcântara, onde se situava o términos de uma linha de "americanos" que faziam o transporte de passageiros desde o centro da cidade. Estes "americanos", antepassados dos actuais "eléctricos" eram explorados pela CCFL (Companhia dos Carris de Ferro de Lisboa) e consistiam em pequenas unidades abertas aos lados, que circulavam sobre carris e eram traccionados por mulas ou burros sendo que, curiosamente, algumas destas unidades provinham das antigas carruagens dos Larmanjat.
A chegada a Sintra do comboio resultou da construção da Linha do Oeste (Torres Vedras, Caldas da Rainha, Leiria e Figueira da Foz) fazendo a bifurcação do ramal de Sintra nos arredores de Meleças, um pouco depois da ainda existente estação do Cacem. Três anos depois, em 11 de julho de 1890, era inaugurada a estação do rossio e o túnel, uma incrível obra de engenharia, que atravessa o centro da cidade desembocando (8 minutos depois) em Campolide.
A Real Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses mandou construir este edifício, bem como um que se encontra imediatamente ao lado (actual Hotel Avenida Palace) e que, inicialmente, se destinou à instalação dos escritórios. O enorme desnível entre as ruas e as linhas do caminho de ferro foram então vencidos por um sistema de escadas e rampas (hoje escondido pelas estruturas metálicas que servem as obras do metropolitano).

Os Dias de Hoje:
Com a crescente procura, o número de passageiros tornou-se excessivamente elevado para as condições da linha. Com vista a resolver este problema muitas intervenções têm sido feitas.
O actual projecto de remodelação visa pontos importantes como a remodelação das estações e apeadeiros, a quadruplicação da via até ao Cacem e a supressão das passagens de nível existentes. Intervenções anteriormente realizadas permitiram o uso de composições mais compridas (2xUQE - 192 metros) e a implementação de sistemas de segurança como o CONVEL e o rádio Solo-Comboio.
A Linha de Sintra é actualmente a mais movimentada do país (e uma das mais movimentadas linhas de suburbanos da Europa), transportando todos os dias varias dezenas de milhar de passageiros em cerca de 14 composições por hora.

Voltar