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Estação da Régua e Embarque:
"Neste reencontro com o passado, as estrelas do percurso são carruagens e locomotivas (...) a diesel que, numa viagem a 30 km/h, são a memória do tempo em que asseguravam a ligação entre as localidades e ajudavam a fazer o escoamento do famoso Vinho do Porto"
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Paisagem:
"O Doiro sublimado. O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso da natureza. Socalcos que são passadas de homens titânicos a subir as encostas, volumes, cores e modulações que nenhum escultor, pintor ou músico podem traduzir, horizontes dilatados para além dos limiares plausíveis da visão. Um universo virginal, como se tivesse acabado de nascer, e já eterno pela harmonia, pela serenidade, pelo silêncio que nem o rio se atreve a quebrar, ora a sumir-se furtivo por detrás dos montes, ora pasmado lá no fundo a reflectir o seu próprio assombro. Um poema geológico. A beleza absoluta."
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