Introdução:
Quem faz distraidamente o percurso que liga
o Cais do Sodré a Cascais não imagina como seria
fazer a mesma viagem meio século antes. A viagem em si
seria muito semelhante à feita noutras linhas na mesma
época. Entrava-se num comboio puxado por uma barulhenta
e fumegante locomotiva a vapor, procurava-se defender a vista
e roupa da constante invasão do pó e... esperava-se
pacientemente a conclusão da jornada algumas horas depois.
No entanto, para quem olhe com mais atenção, houve
algo que nunca mudou: a beleza incrível de uma linha feita
quase na totalidade à beira do Tejo e Atlântico.
Evolução:
Quem faz distraidamente o percurso que liga
o Cais do Sodré a Cascais não imagina como seria
fazer a mesma viagem meio século antes. A viagem em si
seria muito semelhante à feita noutras linhas na mesma
época. Entrava-se num comboio puxado por uma barulhenta
e fumegante locomotiva a vapor, procurava-se defender a vista
e roupa da constante invasão do pó e... esperava-se
pacientemente a conclusão da jornada algumas horas depois.
No entanto, para quem olhe com mais atenção, houve
algo que nunca mudou: a beleza incrível de uma linha feita
quase na totalidade à beira do Tejo e Atlântico.
O
Caminho de Ferro começava em Pedrouços (estamos
em 1889, ano de inauguração do Ramal de Cascais).
A ligação à capital era assegurada de barco.
No ano seguinte, com a construção do caneiro de
Alcântara, a linha aproxima-se ainda mais de Lisboa, pondo
à disposição dos viajantes mais um meio de
ligação: o americano (antepassado, movido a bois,
do actual "eléctrico"). É, no entanto,
necessário esperar mais 4 anos, até 1895, para que
fosse concluída a ligação ao Cais do Sodré.
Com a república, a vila de Cascais perdeu parte do seu
interesse. Vista como símbolo monárquico (tendo
sido durante quase quatro décadas estância balnear
da família real) foi trocada pela zona da Parede que se
tornou local de Verão para muitas famílias republicanas.
Fausto
Figueiredo sonhava tornar Santo António do Estoril (zona
que até então se resumia a um pinhal selvagem) numa
estância termal e balnear mundialmente conhecida. Com o
final da I Guerra Mundial, a Sociedade Estoril (responsável
pelo projecto) torna-se também concessionária da
Linha. A electrificação ,concluída em 1926,
é a aposta forte. Dois anos depois inaugura-se a nova estação
do Cais do Sodré, ainda hoje usada por milhares de passageiros.
Os
Dias de Hoje:
Com
vista a melhorar a oferta em termos de qualidade da viagem, foram
renovadas as antigas composições que circulavam, desde
1950, no trajecto entre o Cais do Sodré e Cascais.
As
novas unidades estão dotadas de ar condicionado, janelas
panorâmicas, indicação de destino, entre muitas
outras transformações.
A linha em si poucas alterações tem sofrido. Continua
com o mesmo traçado de há vários anos tendo
as poucas alterações visado a supressão de
PN's e aproximação do rio e oceano.